quarta-feira, 14 de março de 2012

Lei da Copa não vai permitir venda de bebidas nos estádios

Brasília – A liberação da venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos
estádios de futebol durante a Copa do Mundo e a Copa das Confederações
não serão mais permitidos. A decisão foi tomada hoje na reunião dos
líderes da base governista com o líder do governo na Câmara, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP),e com o relator da Lei da Copa, deputado
Vicente Cândido (PT-SP).
Agora, caberá ao relator retirar do texto daLei Geral da Copa, em
análise na Câmara dos Deputados, o artigo que libera a venda e consumo
de bebidas nos estádios durante os eventos esportivos. Cândido disse
que diante da decisão vai retirar o artigo do seu substitutivo a ser
votado no plenário da Câmara, na próxima semana.
"Estamos entendendo que o governo não tem compromisso com esse artigo,
não tem compromisso com a [Federação Internacional de Futebol] Fifa em
relação à venda de bebidas nos estádios. Cabe a nós retirar do texto o
dispositivo. Eu acho que fui induzido ao erro nesse item. Nesse caso,
como é posição do governo e já haviavárias rejeições, a base está
achando melhor não encaminhar isso a voto", disse Vicente Cândido.
O relator declarou ainda que na sua avaliação houve mudança de posição
do governo, pois a orientação que vinha recebendo durante a elaboração
do seu parecer era no sentido de liberar a venda de bebidas alcoólicas
durante os dois eventos esportivos. "Estamos entendendo que houve
mudança de posição do governo, a orientação anterior foi com a
concordância do governo".
Ao explicar a mudança de posição em relação à venda de bebidas nos
estádios, o líder Arlindo Chinaglia disse que as lideranças entendiam
que havia um acordoentre o Brasil e a Fifa para a liberação da venda
de bebidas. "Havia dúvidas por partede muitos líderes se o Brasil
havia assumido um compromisso, ao trazer a Copa para o nosso país, que
automaticamente haveria a autorização de venda de bebidas alcoólicas
no estádios, até porque tem uma lei que proíbe. Hoje, ficou claro que
o governo não assumiu esse compromisso".
Chinaglia declarou ainda que a partir da constatação de que não havia
o compromisso de liberação da venda de bebidas, fez um levantamento
entre os líderes da base governista, e que praticamente, por
unanimidade, eles se posicionaram contra a liberação da venda de
bebidas. "A partir desta situação, no mérito todos os partidos se
posicionaram contra a liberação da venda e consumo de bebidas
alcoólicas".
Fonte:Agência Brasil

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