quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Greve de policiais militares afeta turismo na Bahia

Brasília - O presidente do Conselho Baiano de Turismo, Sílvio Pessoa,
disse hoje (9) que os hotéis de Salvador ficaram praticamente parados
durante a greve da Polícia Militar, que completa nove dias. "Os hotéis
receberam pouquíssimas reservas nesse período e as pessoas que
costumam fazer reservas de última hora nem apareceram", acrescentou.
Silvio Pessoa disse ainda que a região metropolitana da capital baiana
tem 11 mil bares e restaurantes e que nos últimos dezdias as perdas
chegaram a 35%. Segundo ele, durante o carnaval, a capital baiana
costuma ter 100% de ocupação de hotéis, mas neste ano a expectativa é
receber até 70%. "A greve dos policiais realmente prejudicou a
economia, teremos grandes problemas de faturamento".
Nesta época do ano, a Bahia costuma receber 500 mil pessoas. Silvio
explicou que integrantes do Conselho Baiano de Turismo estão em uma
das maiores feiras do setor no país, em São Paulo, para divulgar o
estado. "Queremos cobrar da Secretaria de Turismo uma agenda positiva,
mostrando que a normalidade voltou, fazendo campanhas para levantar a
autoestima e lembrando o orgulho de ser baiano, além de uma
aproximação da população com a PM e de campanhas de publicidade".
Agente de turismo de uma empresa em Brasília, Raiana Oliveira disse
que os cancelamentos estão em torno de 20%. "E, infelizmente, acredito
que vai ter mais", acrescentou.
A menos de dez dias do início da festa de carnaval, a estudante
universitária Danielle Vasconcelos, 23 anos, ainda não pensa em
desistir das passagens e da reserva para Salvador. Ela disse ter
esperança de que a situação se resolva antes. "Alguns amigos que vão
comigo já cogitaram desistir, mas acredito que, como é uma greve, dá
tempo de o conflito se resolver antes do carnaval".
O estudante Alan França, 23 anos, também pretende passar o carnaval na
capital baiana. Segundo ele, fica impossível conseguir hospedagem em
cima da hora. "Já pensei em desistir da viagem sim, mas acredito que
se houver o fim da greve, o governo deve reforçar a segurança".
Da Agência Brasil

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