terça-feira, 29 de novembro de 2011

* Após apurar causas do vazamento, ANP pode autorizar retomada da produção no poço da Chevron

Após apurar causas do vazamento, ANP pode autorizar retomada da produção no poço da Chevron

Brasília - A Agência Nacional de Petróleo (ANP) não deverá revogar a licença de exploração de petróleo concedida à empresa norte-americana Chevron, responsável pelo acidente que derramou cerca de 440 mil litros de petróleo, o equivalente a 2,4 mil barris, em Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ). A informação foi dada hoje (29) pelo representante da agência Silvio Jablonski, em audiência no Senado Federal.
Para o representante da ANP, a cassação da licença implicaria quebra de contrato.“Em nenhum momento se pensou em cassar o registro da empresa no Brasil”, disse Jablonski. “[A extração] está suspensa até entendermos o fato [o vazamento de óleo em um poço do Campo de Frade, na Bacia de Campos]”. Segundo ele, “provavelmente, haverá exploração [do mesmo campo] mais adiante”.
No dia 23, a ANP suspendeu as atividades de perfuração da Chevron no Campo de Frade até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança do local.
A empresa foi multada pelo Ibama em R$ 50 milhões por descumprimento da legislação que rege o setor de petróleo e gás. Caso se comprovem falhas na contenção do vazamento e desrespeito à legislação ambiental brasileira, a empresa poderá receber mais duas multas que, juntas, somam R$ 60 milhões. Além disso, no dia 21, a ANP autuou duas vezes a Chevron, que poderá ter que pagar até R$ 100 milhões em multas relacionadas ao vazamento identificado no dia 7.
De acordo com Jablonski, técnicos da ANP continuam a bordo da plataforma onde ocorreu o vazamento, a cimentação do poço, no fundo do mar. A agência também vai acelerar a investigação das causas do acidente. De acordo com o representante do órgão regulador, as informações obtidas durante a etapa de apuração de responsabilidades pode levar a ANP a propor mudanças no marco regulatório brasileiro que, segundo ele, é reconhecido internacionalmete como bom. “Estamos sempre prontos a aprender com qualquer tipo de incidente que aconteça no Brasil”.

por:Pedro Peduzzi e Alex Rodrigues,Agência Brasil

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